sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Pesquisador ou corneteiro?

José Dirceu

Jornal do Brasil - 1º de outubro de 2009

1) "A rejeição de Dilma ter chegado a 40% significa que ela anda para trás. Possivelmente foi o episódio da Receita (Federal, quando a secretária Lina Vieira declarou que ouviu da ministra pedido para apressar investigação em torno da família Sarney)".

2) "Quem estava na frente (um ano antes nas pesquisas) venceu. FHC em 1997, Lula em 2001 e Lula em 2005 exatamente neste período. Não é uma regra, mas hoje é difícil mudar. É preciso fato muito forte para mudar. Dilma não é um fato forte".

3) "A questão é se a população quer mais quatro anos de PT sem Lula".

4) "O PSDB não vai contra o Bolsa Família. A classe média aumentou e muitos saíram da pobreza, mas os ganhos não vão para o PT".

5) "O Brasil estava fadado a crescer e a questão é quem vai atrapalhar. Bandeira do PT tem que ser de continuidade e a do PSDB de manutenção da política econômica que foi de estabilidade e talvez falar de reformas política e tributária. Ninguém vai brigar contra ninguém".

As declarações enumeradas acima, verdadeiras pérolas, são do botafoguense Carlos Augusto Montenegro, diretor do Ibope, que já deu vários chutões, sempre prevendo a eleição do governador paulista José Serra (PSDB) e a derrota da ministra Dilma Rousseff (PT).

E agora ele ataca de novo, desta vez de bicuda. E com o pé torto. Montenegro não deu tais declarações durante um jogo de futebol, como torcedor-corneteiro que fica atrás do banco de reservas a xingar o técnico, mas em uma entrevista ao jornal Valor Econômico, publicada dia 23 de setembro sob o título Identificação ao PT derrota Dilma.

Aliás, o próprio título já é uma demonstração de que a entrevista guarda mais opiniões políticas do que uma análise da pesquisa propriamente dita. Bem, vamos à análise das declarações que destaco acima:

1) Montenegro faz questão de frisar a rejeição supostamente alta de Dilma, mas não diz que ela é conhecida apenas por 32% dos entrevistados, sendo o desconhecimento fator fundamental para elevar a rejeição. O presidente do Ibope não diz também que Serra tem 30% de rejeição, mas é conhecido por 66% do eleitorado. Logo, a rejeição consciente de Serra é superior à de Dilma. Ainda sobre Serra, não diz que ele também caiu nas intenções de voto. Nem abre a boca para registrar que Aécio tem 37% de rejeição. Montenegro parece esquecer-se de que alta rejeição é reflexo de desconhecimento sobre determinado candidato. E a campanha nem começou, o presidente Lula ainda não está em campanha com Dilma. Além de tudo isso, apenas 5% dos entrevistados pelo próprio Ibope que Montenegro preside disseram ter tomado conhecimento das declarações da ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira sobre a ministra Dilma ter, supostamente, pedido informações sobre a situação do filho do presidente do Senado, José Sarney. Parece que o presidente do instituto não leu a própria pesquisa antes de dar a entrevista.

2) É claro que não existe regra alguma sobre um candidato que lidera as pesquisas um ano antes das eleições vir a ganhar a eleição. Isso é chute puro de Montenegro. Lula venceu em 2002 porque o governo e a coalizão que elegeu FHC se esgotaram. E porque nós tínhamos acúmulo de forças e fizemos alianças que nos garantiram a vitória. Também porque assumimos um compromisso com o país e o cumprimos. Logo, comparar 2002 com 2010 é um absurdo.

3) Lula e o governo são muito bem avaliados, ao contrário de FHC e de seu PSDB em 2002. Mas a maioria das respostas dadas durante a entrevista são posições políticas de Montenegro. Ou desejos. Dizer que o PT derrotará Dilma é esconder do eleitor que o PT foi o partido mais votado no Brasil para a Câmara dos Deputados em 2002 e 2006. É esconder que o PT é o preferido do eleitorado que tem opção ou faz opção partidária e, principalmente, que Dilma não é candidata do PT e sim de uma aliança de centro-esquerda e do presidente Lula. Não são mais quatro anos sem Lula. São mais quatro anos com Lula e o PT aliado a outros partidos.

4) Oficialmente, o PSDB jamais se disse contra o Bolsa Família. A cara de pau é tamanha que tenta agora até assumir sua paternidade. Mas programas sociais nunca foram o forte do PSDB. Basta ver o que o próprio Serra e depois seu demo-sucessor Gilberto Kassab fizeram com o Renda Mínima, implantado pelo PT na capital paulista: em quatro anos reduziram de 178 mil para 114 mil o número de famílias atendidas, um corte de 36%. De cada três famílias que recebiam o Renda Mínima, uma perdeu o benefício.

5) Dizer que o Brasil está fadado a crescer é abusar da inteligência alheia. O Brasil não cresceria e não crescerá sem a ação do governo. Sem as políticas adotadas pelo governo Lula antes, durante e depois da crise. Mas o que Montenegro afirma é exatamente o discurso da oposição, dos tucanos. Dizer que ninguém vai brigar com ninguém é mais um desejo de Montenegro, uma vez que durante esses seis anos e nove meses o PSDB e a oposição não fizeram outra coisa além de brigar. Tentaram de todos os modos desestabilizar e inviabilizar o governo Lula, chegando inclusive a se opor a todas as medidas adotadas para enfrentar a crise. Como agora se opõem ao marco regulatório do pré-sal, nosso passaporte para um futuro de mais riquezas e de uma distribuição mais igualitária dessas riquezas.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Contramão da História

Sabado 26/09, o governador de S.Paulo José Serra, o governador de Minas, Aécio Neves e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, participaram do seminário regional do PSDB em Natal, no Rio Grande do Norte. Além do lançamento de um gibi, foi lançado também um boton da campanha Serra presidente.
Nada demais se não fosse um fato curioso:No seminário do PSDB sobre educação ,Brasil estava escrito com “Z”
Os Adesivos distribuídos grafavam a palavra “Brasil” com “z”, (foto da blusa da militante tucana).
Note a estampa da blusa da militante tucana. Brasil, também aparece com “z”.Parece que o Estados Unidos, foi a fonte de inspiração do seminário promovido pelo PSDB em Natal. Igualmente como acontece com os norte-americanos que escrevem Brasil com “z” - Brazil.
O PSDB já considera José Serra eleito. Já está mudando o nome do Brasil. Depois de tentar mudar o nome da estatal Petrobras para PETROBRAX, para que os gringos pudessem pronunciar melhor o nome da empresa, agora americanizaram o BraZil.


Professores vaiam Serra, que inaugura obra de Lula

Para Serra, manifestação contra ele é "trololó petista"

Saiu no Estadão Online:

Serra é vaiado por professores no interior de São Paulo

PRESIDENTE PRUDENTE, SP – O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), foi vaiado nesta sexta-feira, 25, durante evento em Presidente Prudente, interior do Estado. Mesmo sob os aplausos de aproximadamente 200 pessoas – levadas por prefeitos e deputados da região -, um grupo de 50 professores em campanha por reajuste salarial conseguiu incomodar o tucano.

“É um trololó petista”, reagiu o governador, referindo-se aos manifestantes. Durante seu discurso, o governador reclamou da gritaria. “É uma amolação à paciência de quem discute os problemas da região.”

Impedidos por uma barreira de policiais, os manifestantes, que ficaram a uma distância de 100 metros do palanque e portavam faixas com severas críticas ao sistema educacional no Estado, foram proibidos de se aproximar de Serra. Eles pretendiam entregar ao governador um documento com as reivindicações da categoria.

“Serra mentiroso, Educação já tá no poço” e “Serra sem ação, não valoriza a Educação”, eram as palavras de ordem dos professores.

(…)

O governador encerrou o dia em Pauliceia. Lá, ele inaugurou a ponte Mário Covas sobre o Rio Paraná, ligando São Paulo e Mato Grosso do Sul. Com extensão de 1,7 quilômetro, a ponte, que começou a ser construída em 2001, custou mais de R$ 160 milhões, sendo 80% da verba do governo federal.

Leia a íntegra do texto no Estadão Online.

Em tempo: inaugurar ponte com dinheiro de Lula é coisa típica do engenheiro civil José Pedágio. Ele já se disse pai dos genéricos e do programa de distribuição de remédios para Aids. E não é pai de um nem de outro. Isso é trololó de tucano.

domingo, 20 de setembro de 2009

Bem Feito! Bem Feito!

Serra assina documento de apoio a Yeda Crusius

O Mais Honesto de Todos os Homens, o Presidente de Nascença José Serra, assinou documento de apoio e solidariedade à cleptogovernadora do RS, Yeda Crusius. Defendendo a corretíssima correligionária cleptotucana, ao lado do Grande Economista dos Trópicos estão as assinaturas de Sérgio Guerra (presidente do PSDB), o réu confesso de uso privado de recursos públicos senador Artur Virgílio Neto (PSDB-AM), os governadores tucanos de Alagoas, Teotonio Vilela Filho (PSDB), Minas (Aécio Neves) e Roraima (José de Anchieta Jr) e o deputado ex-petista José Aníbal (PSDB).

A cleptotucana Yeda Crusius treinando para viver em sua futura morada.

A cleptotucana Yeda Crusius treinando para viver em sua futura morada.

Comentário da Tia Carmela: Isso de solidariedade nunca foi o forte do Zezinho. Quando era criança, lá na Móoca, quando algum coleguinha levava uma coça por ter feito arte, ele sempre saía cantarolando: “bem-feito! bem-feito!”.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Deu na Carta Capital


O Jardim do Entreguismo

04/09/2009 14:58:41

Mauricio Dias

O debate em torno do marco regulatório do pré-sal mostrou toda a irrelevância da CPI da Petrobras, criada pela oposição para fugir do enfrentamento com a verdadeira agenda das questões mais importantes para o País. Questões que o governo Lula entrega para o debate.

Mas essa não é a única razão a impedir a CPI de atingir os objetivos políticos subalternos que nortearam a sua criação. Não é preciso ser especialista em águas profundas para descobrir outros motivos, capazes de anular as investigações sobre todos os patrocínios solicitados por parlamentares e concedidos pela estatal durante o governo FHC. Eis alguns exemplos:

• O senador peemedebista Pedro Simon, em 2000, endereçou documento à presidência da empresa pedindo a construção de uma usina termoelétrica em Canoas (RS). E ainda indicou a fonte de energia: “Gás da Argentina”...

• O hoje governador do Distrito Federal, à época senador pelo PSDB, pediu patrocínio para a publicação do
Guia do Século XXI e para o filme Veias e Vinhos, uma História Brasileira, além de interceder em favor do longa-metragem
Sorria, Jesus te Ama!

• Arruda encaminhou um projeto de financiamento que fez sucesso na Petrobras:
Declare Amor à Vida Correndo. A grana saiu rapidamente.

• Hoje, brigando com a estatal por questão dos royalties, o governador capixaba, Paulo Hartung, solicitou ajuda financeira para o Congresso Internacional de Psicanálise, realizado em agosto de 2000. E Sérgio Cabral, governador do Rio, também brigando pelos royalties, pediu dinheiro para a restauração do Convento de Nossa Senhora do Carmo.

• O petista carioca Carlos Santana, em 2001, em plena oposição, batalhou pelo projeto
Acorda Zumbi e Renato Viana (SC) pleiteou verba para financiar a VI Corrida da Fogueira Grená, em Blumenau.

• O então senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), chefe da assessoria técnica da oposição na CPI, bicou a estatal apesar de o tucanato tentar privatizá-la: a assinatura dele chancela desde um projeto musical intitulado
Isto É o Rasqueado de Mato Grosso para o Brasil até uma gorda verba para o
XXI Festival de Pesca de Cáceres.

• Lúcio Alcântara (PSDB-CE) foi o padrinho de um
Festival de Jazz e Blues, em 2002, enquanto o paraibano Ronaldo Cunha Lima insistiu muito num capilé para o Presépio Vivo do Natal de Campina Grande.
• O deputado federal Josué dos Santos Ferreira (PL-SP) batalhou a verba de 73 mil reais para um livro intitulado
Os Meandros do Congresso Nacional.

• O projeto teatral
Você Tem Que me Dar seu Coração foi apadrinhado pelo deputado federal Paulo Baltazar (PSB-RJ), que, não satisfeito, pediu mais dinheiro para A Outra.

• O deputado monarquista Cunha Bueno (SP) intercedeu em favor de um adjutório para a Federação Paulista de Karatê, e o colega dele, Pedro Chaves (DF), queria dinheiro para os “
torneios de pelada no entorno sul de Brasília”.

• O tucano Luiz Carlos Hauly (PR), um dos maiores frequentadores do caixa de patrocínio da empresa, conseguiu levar 200 mil reais para o Festival de Teatro de Londrina. Ao mandar fax agradecendo, aproveitou e pediu mais 50 mil reais “pela importância do evento”.

Há pedidos, e são muitos, de senadores e deputados em favor de empresas de amigos, capazes de provocar mais um temporal sobre o Congresso.


terça-feira, 1 de setembro de 2009

Comentarios no Site do Fabio Campana


Varios Internautas comentaram o Post do Fabio Campana no Paraná sobre o Pedinte Senador Alvaro Dias PSDB PR

Cecília Albuquerque Terça-feira, 1 de Setembro de 2009 – 15:43 hs Parabens, Campana, pelo “furo” jornalístico com a publicação de documento probatório da atuação nefasta, pindoncheira, clientelista de Alvaro Dias. 
Agora ele requereu a CPI da Petrobrás por não poder mamar em suas tetas, como o fez no governo de FHC.

Pedro Vigário Neto Terça-feira, 1 de Setembro de 2009 – 15:50 hs Até tú, Brutus ?
Abraço

piraquara Terça-feira, 1 de Setembro de 2009 – 16:38 hs Esse Álvaro já tá com o prazo vencido! É sempre assim eles batem e depois negociam atrás das cortinas…

Carlos Imperial Terça-feira, 1 de Setembro de 2009 – 16:42 hs Calma, pessoal. O problema não é a Petrobras patrocinar cultura. Isso ela não apenas pode, mas DEVE. Aliás 96 milhões em um ano, para o país inteiro é uma mixaria. O problema são os projetos frios, inexistentes ou superfaturados. É isso que deve ser investigado.

PAULO SERGIO MOREIRA Terça-feira, 1 de Setembro de 2009 – 16:43 hs FÁBIO!!!!
Quer apostar quanto que, se, com o desfecho da CPI, atingir tucanos, lá na frente outro tucanos, o PSDB fará um “acordo” ?
Aliás, dizem que os tucanos são os maiores produtores de oréganos, condimento este, muito usado em pizzas!
Faça sua proposta, Fábio!

PAULO SERGIO MOREIRA Terça-feira, 1 de Setembro de 2009 – 16:45 hs FÁBIO!!!
Esse piá seria o “piá pansudo” que o requião tanto falava ?

Mutuka Terça-feira, 1 de Setembro de 2009 – 18:04 hs Depois da notícia do Conversa Afiada do Paulo Henrique Amorim, Perucão Dias e todos Tucanalhas estão desacreditados.
O Pré-Sal é Nosso e ninguém irá vende-lo aos USA.

Acessem: http://www.fabiocampana.com.br/2009/09/cpi-patrocinios-da-petrobras-foram-politicos/

Deu no Site do Fabio Campana






Fábio Campana é jornalista e escritor. Diretor da editora Travessa. Editor das revistas Et Cetera e Ideias. Colunista político dos jornais O Estado do Paraná, Tribuna do Paraná e Gazeta do Paraná. É comentarista da rádio Banda B. Publicou hoje no seu site um documento do Senador Alvaro Dias CPI PSDB

Deu no Claudio Humberto

Pediu, agora investiga

Atual chefe da assessoria técnica da CPI da Petrobras, o ex-senador tucano Antero Paes de Barros foi autor de vários patrocínios à estatal.


Fonte: www.claudiohumberto.com.br

Deu no Claudio Humberto





CPI: patrocínios da Petrobras foram políticos

É improvável que a CPI da Petrobras avance nas investigações da farra de patrocínios: quase todos foram solicitados por políticos. O líder tucano Arthur Virgílio (AM), pidão contumaz, certa vez pediu verba para um filme intrigante: “Parusia, a ira do juízo”... Autor da CPI, Álvaro Dias (PSDB-PR) pediu grana ao projeto “Sai da rua”. Dos caixas da estatal saíram muitos reais: só no ano 2000, R$ 96 milhões em patrocínios.


Fonte: www.claudiohumberto.com.br



sábado, 29 de agosto de 2009

Empresa americana vai assessorar tucanos na CPI da Petrobrás. Como é que é?


“O Senador Alvaro Dias declarou que o partido está em negociação com uma empresa de Houston, nos Estados Unidos, para auxiliar seu trabalho na CPI da Petrobras. E diz mais “Foi a única empresa até agora que topou nos ajudar porque não é daqui e deve trabalhar para as concorrentes da Petrobrás. Na próxima semana devemos ter muito mais munição”.
As motivações do PSDB aos poucos vão ficando claras. Para atacar um patrimônio nacional busca apoio em uma concorrente nos Estados Unidos, país que tem enorme interesse no enfraquecimento da Petrobras, já que pretende que suas empresas de petróleo ganhem importante fatia do pré-sal. Para isso contam com um senador tucano, que se dispõe a fazer o jogo do capital internacional contra a empresa brasileira.

Depois de tentar mudar o nome da empresa para PETROBRAX, agora os tucanos se dispõem a prestar relevantes serviços aos concorrentes de nossa maior empresa. Mas, sobre isso, a imprensa não fala uma linha.

Álvaro Dias deverá se encontrar com representantes de uma empresa de Houston na próxima semana para fechar contrato de investigação sobre a Petrobras. Dias deixou subentendido que a investigação que ficará a cargo da tal empresa pode ultrapassar a análise dos documentos enviados à CPI. O senador falou sobre essa questão com jornalistas do Globo, Estadão e Folha. Mas não deu detalhes.

Outro senador que estaria envolvido nos contatos com a empresa é Sérgio Guerra, mas ele se nega a falar sobre o assunto.”

O Conversa Afiada, na segunda-feira, perguntará ao senadores Álvaro Dias e Sérgio Guerra os termos da colaboração dos tucanos com a empresa americana para desestabilizar a Petrobrás e meter a mão no pré-sal.

O Conversa Afiada convida os amigos navegantes a fazer o mesmo.

O e-mail de Álvaro Dias é: alvarodias@senador.gov.br

E o telefone de seu gabinete é: (61) 3303-4059/4060

O e-mail de Sérgio Guerra é: sergio.guerra@senador.gov.br

E o telefone de seu gabinte é:(61) 3303-2382/2383


O Conversa Afiada pedirá ao presidente da CPI, senador João Pedro (PT-AM), que interpele os dois tucanos sobre esse ato que, se verdadeiro, seria uma forma de traição.

Fonte: www.paulohenriqueamorim.com.br

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Lina Vieira é uma FARSA!!!!!!

Secretário da Receita de FHC acusa Lina e equipe de destruir fiscalização e criar “farsa” e “factóides”


27/08/2009

O secretário da Receita Federal no governo de Fernando Henrique Cardoso, Everardo Maciel, desqualificou em duas entrevistas, terça-feira e ontem, as acusações que vêm fazendo a ex-secretária Lina Vieira, os seguidores dela na Receita e os partidos de oposição, contra a Petrobras, o governo e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Maciel classificou as denúncias como “farsa” e “factóides”, durante entrevistas à jornalista Mônica Waldvogel no programa Entre Aspas do canal a cabo Globo News, na noite de terça-feira, e ao jornalista Bob Fernandes, do portal Terra, na manhã de ontem.

Entrevistado na TV juntamente com o presidente do Sindicato Nacional dos Analistas Tributários da Receita, Paulo Antenor, e o advogado tributarista, Paulo Sigaud, todos com opiniões semelhantes, Everardo Maciel desmontou as acusações de que a Petrobras praticou manobra fiscal para burlar o fisco.

“A Petrobras está absolutamente certa” e “é inteiramente falso explicar queda de arrecadação com essa história da Petrobras”, afirmou o ex-secretário.

Ele batizou como “uma tese falsa” a afirmação, de Lina e de sua equipe, de que durante a gestão da ex-secretária houve aumento de arrecadação da Receita junto a grandes contribuintes. E afirmou que, se Lina Vieira recebeu recomendação da ministra Dilma Rousseff para acelerar investigações sobre negócios de Fernando Sarney, em fins de 2008, prevaricou ao não denunciar a ministra na época. Trazer isso a público agora, segundo o ex-secretário da Receita, “parece muito mais fruto da conveniência e da oportunidade. Oportunismo”.

Secretário-executivo de quatro ministérios, secretário da Receita durante os dois mandatos do presidente Fernando Henrique Cardoso e atual consultor do FMI, da ONU e de uma dezena de entidades e instituições privadas, Everardo Maciel declarou o seguinte na entrevista ao Terra – repetindo, muitas vezes, o que dissera à Globo News:


1) Sobre a acusação de que a Petrobras praticou manobra contábil lesiva ao Fisco:

“A verdade é que a discussão sobre essa suposta manobra contábil da Petrobras é rigorosamente uma farsa”.

“É farsa, factóide… A Petrobras tem absoluto direito de escolher o regime de caixa ou de competência para variações cambiais, por sua própria natureza imprevisível, em qualquer época do ano. É bom lembrar que a opção pelo regime de caixa ou de competência não repercute sobre o valor do imposto a pagar, mas, sim, a data do pagamento. Essas coisas todas são demasiado elementares.”


2) Sobre a pressão de grandes contribuintes que teria causado queda na arrecadação da Receita:

“Farsa, factóide para tentar explicar, indevidamente, a queda na arrecadação. Quais são os nomes dos grandes contribuintes? Quando e de que forma pressionaram a Receita? Quando foi iniciada a fiscalização dos fatos relacionados com o senhor Fernando Sarney? Quantos foram os contribuintes de grande porte que foram fiscalizados no primeiro semestre deste ano, comparado com o mesmo período de anos anteriores e qual foi o volume de lançamentos? A Receita, em algum momento, expediu uma solução de consulta que tratasse dos casos de variações cambiais como os alegados em relação à Petrobras?”


3) Sobre o alarde criado em torno da Petrobras e da suposta pressão de grandes contribuintes

“O caixa caiu. Para tentar explicar por que a arrecadação estava caindo, num primeiro momento se utilizou o factóide Petrobras. No segundo, se buscou explicações imprecisas sobre eventuais pressões de grandes contribuintes, às vezes qualificados em declarações em off como financiadores de campanha. Entretanto, não se identificou quem são esses grandes “financiadores de campanha” ou “contribuintes”. Desse modo, a interpretação caiu no campo da injúria.”


4) Sobre a influência das eleições de 2010 para as acusações

“Eu acho que nesse caso, em particular e em primeiro lugar, o pano de fundo era a sobrevivência política de uma facção sindical dentro da Receita.

“Todos esses casos são, serão esclarecidos, e acabam, acabarão sendo esquecidos, perderão qualquer serventia para 2010. São factóides de vida curta. Depois disso chegamos à terceira fase do factóide.”


5) Sobre o suposto encontro de Dilma e Lina – que Everardo chamou de “terceira fase do factóide”:

“Aí vem a história do virtual diálogo que teria ocorrido entre a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e a secretária da Receita, Lina Vieira. Não tem como se assegurar se houve ou deixou de haver o diálogo, mormente que teria sido entre duas pessoas, sem testemunhas. Agora tomemos como verdadeiro que tenha ocorrido o diálogo. Se ocorreu o diálogo, ele tem duas qualificações: ou era algo muito grave ou algo banal. Se era algo banal, deveria ser esquecido e não estar nas manchetes. Se era algo grave, deveria ter sido denunciado e chegado às manchetes em dezembro, quando supostamente ocorreu o diálogo. Ninguém pode fazer juízo de conveniência ou oportunidade sobre matéria que pode ser qualificada como infração. Caso contrário, vai parecer oportunismo.”


6) Sobre o caráter das acusações
“Farsa e factóide. Ao menos, no mínimo, algumas das coisas que tenho visto, lido e ouvido, não passam de factóides. Não passam de uma farsa.”

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Estudem os golpes midiáticos

Publicado no Blog Vi o Mundo, do jornalista Luiz Carlos Azenha

De original o Brasil só inventou a jabuticaba. O resto quase tudo vem de fora. Especialmente as grandes idéias dos marqueteiros políticos. A inspiração deles tem origem clara: os Estados Unidos.

Em quarenta anos de profissão, nunca vi a mídia tão partidarizada. Jamais. Jamais testemunhei um fenômeno como o de Lina Vieira: a mídia martela uma tese e simplesmente descarta todas as outras que possam contradizer aquela tese. Uma tese bancada por Agripino Maia. Uma tese que tem o objetivo de carimbar Dilma Rousseff como "mentirosa". Que faz parte da campanha para demonizar a candidata do governo. Que, em minha opinião, obedece a uma campanha milimetricamente traçada por marqueteiros de José Serra e executada por prespostos dos Civita, Marinho, Frias e Mesquita.

Onde estava Lina Vieira na tarde do dia 19 de dezembro? Dentro de um avião, voando para Natal. E Dilma? Depois de reuniões em Brasília, também viajou. Se não foi naquele dia o suposto encontro entre a ex-secretária da Receira Federal e a ministra, quando foi? Baixou um silencio espetacular nos jornais, nas rádios e nas telas da TV. Um silencio ensurdecedor.

[Para quem estava em outro planeta, no encontro a ex-secretária disse que Dilma Rousseff pediu a ela que interferisse indevidamente em uma ação da Receita Federal contra o filho do presidente do Senado, José Sarney. A ministra nega o encontro.]

Depois de oito anos distante do poder federal, a UDN vai usar todas as ferramentas a seu dispor para reconquistar o Planalto em 2010. É o pré-sal, estúpido! São bilhões e bilhões de dólares que permitirão a quem estiver no poder investimentos como há muito tempo não vemos no Brasil. E há gigantescos interesses externos já expressos, ainda que delicadamente, no debate sobre a exploração do pré-sal.

O consórcio DEM-PSDB vai tentar barrar as tentativas do governo Lula de aumentar a participação da União na exploração do petróleo. Vai fazer isso, sem assumir, em defesa dos interesses das grandes petroleiras internacionais, que correm desesperadamente em busca de reservas exploráveis.

Não é por outro motivo que, através da mídia, esses interesses tentam enfraquecer a Petrobras. Tentam dizer que a Petrobras é incapaz de tocar o projeto. Tentam dizer que a Petrobras ou o Brasil não tem dinheiro para fazer os investimentos necessários. Não é por acaso que a TV Globo assumiu a proposta do governo americano de uma "parceria": eles nos ajudam a explorar o pré-sal E nos vendem armas. É como aquela famosa piada da troca de casais. Nós entramos duas vezes como "doadores". Doamos o petróleo E pagamos pelas armas..

Não é por caso que, em duas reportagens recentes, tanto o jornal New York Times quanto a revista britânica The Economist lançaram dúvidas sobre o futuro da exploração do pré-sal. O repórter Alex Barrionuevo, do Times, usou em seu texto palavras que acionam o botão de ojeriza do típico leitor americano: falou em "nacionalismo" e disse que uma suposta onda de "nacionalismo" no Brasil, agora, é comparável à dos tempos da ditadura militar.

Mas ele, por ignorância ou má fé, se esqueceu de dizer que a decisão correta de investir na exploração de petróleo em águas profundas, tomada durante o regime militar, é que permitiu à Petrobras o sucesso de agora. Ou seja, um exemplo de uma decisão "nacionalista" que deu resultado. Barrionuevo deu conotação negativa a "nacionalismo". Pelo simples fato de que "nacionalismo" só interessa aos americanos quando representa a defesa dos interesses dos Estados Unidos.

Leia aqui a tradução da reportagem do New York Times

Leia aqui, em inglês, a reportagem do Economist

Dito isso, é bom se precaver. Como?

Estudando o uso de pesquisas que foi feito durante várias campanhas políticas recentes. O episódio mais descarado aconteceu na Venezuela e está contado aqui.

Estudando os golpes eleitorais que permitiram a George W. Bush se eleger em 2000 depois de uma forcinha da Suprema Corte. Estudando os sofisticados golpes eleitorais aplicados pelos republicanos em 2000, na Flórida, e em 2004, em Ohio.

O melhor investigador do que se passou na Flórida é o repórter Greg Palast, que tem este site.

O melhor investigador do que se passou em Ohio é o deputado John Conyers Jr., que fica aqui.

Eu tenho todos os livros a respeito, mas não vou emprestar. Ninguem devolve livro no Brasil.

Mas você pode comprar vários deles na Amazon, a começar do relatório oficial da comissão encabeçada pelo deputado Conyers, aqui.

Sugiro que assistam ao documentário Free For All, que resume as duas fraudes nos Estados Unidos e pode ser visto aqui.

Essas fraudes foram baseadas em truques sofisticados, como a supressão de blocos de eleitores. Por exemplo, com a colocação de um número menor de máquinas de votação em seções eleitorais onde se sabia que a maioria era de eleitores democratas -- bairros de maioria negra, por exemplo.

Há suspeitas de fraude eletrônica. E de que os republicanos tenham aplicado um arsenal de medidas administrativas e jurídicas com o objetivo de desestimular ou simplemente bloquear o voto de grupos majoritariamente democratas.

É importante ver o documentário A revolução não será televisionada, sobre o golpe midiático contra Hugo Chávez na Venezuela. Está aqui.

É importante ver o documentário Los Duenos de la Democracia, sobre a fraude eleitoral no México. Está aqui.

É importante ver o documentário Our brand is crisis, que fala sobre as táticas eleitorais empregadas por marqueteiros americanos para eleger Gonzalo Sanchez de Lozada presidente da Bolívia (ascendeu ao poder com apoio americano e pretendia implantar um projeto pelo qual o gás boliviano seria exportado por navios para os Estados Unidos, a partir de um terminal no Chile).

Finalmente, é preciso estudar todas as ações do National Endownment for Democracy, o NED, uma instituição bipartidária dos Estados Unidos, bancada com dinheiro público, que "promove a democracia" no mundo através de ações de engajamento da sociedade civil. O NED foi criado no governo de Ronald Reagan para fazer, abertamente, o que a CIA fazia antes na clandestinidade.

O NED estimula o uso de todas as ferramentas eletrônicas modernas -- SMS, internet, twitter -- para a mobilização popular, especialmente de jovens, considerando que os jovens têm menor conhecimento histórico, são mais voláteis e são mais suscetíveis à influência da cultura americana.

O NED teve um papel importante em algumas "revoluções" no Leste europeu, notadamente na derrubada de Slobodan Milosevic na extinta Iugoslávia, em 2000; na Revolução das Rosas, na Geórgia, em 2003; na Revolução Laranja, na Ucrânia, em 2005, e na Revolução das Tulipas, no Quirguistão, em 2005.

Nesses e em outros casos jovens ativistas estudantis foram mobilizados com slogans e símbolos simples e diretos (Resistência! na extinta Iugoslávia, É Hora na Ucrânia), atuando especialmente antes ou depois de eleições, em manifestações de rua durante crises eleitorais.

A lista de grupos e movimentos, que receberam financiamento do NED ou de outras instituições dos Estados Unido,s inclui: Otpor! na extinta Iugoslávia.; Kmara na Geórgia; Pora na Ucrânia;

Zubr na Bielorrússia; Mjaft! na Albania ; Oborona na Rússia; Kelkel no Quirguistão

Nabad al-Horriye no Líbano; Súmate (e outros) na Venezuela.

O Instituto Nacional Republicano (IRI) e o National Democratic Institute (NDI) são os braços dos dois principais partidos americanos encarregados de "promover a democracia" no mundo, ou seja, de treinar e promover jovens líderes partidários que sejam "amigáveis" aos interesses de Washington. Tanto o IRI como o NDI integram o NED. Foi uma forma de garantir no Congresso americano a aprovação de todas as verbas que o NED achar necessárias para "promover a democracia" no mundo, sempre em parceria com entidades locais da sociedade civil. Também fazem parte do NED uma entidade de empresários e outra ligada a sindicatos.

O Brasil tem uma sociedade civil suficientemente informada para não cair em contos do vigário. Mas nunca é demais ficar alerta. Afinal, suspeitas do passado se confirmaram: havia ouro de Moscou; houve ajuda política e militar dos Estados Unidos ao golpe de 1964; houve estímulo dos Estados Unidos ao golpe que derrubou Hugo Chávez na Venezuela, para lembrar apenas de casos marcantes.

O caso clássico, na Venezuela, no referendo de 2004, funcionou assim: pesquisa de boca-de-urna, divulgada antes do início das apurações, dava como certa a derrota de Hugo Chávez, por ampla margem (59% contra Chávez, 41% pela permanência dele no poder). O que abria caminho para dois movimentos: fraude na apuração ou, em caso de vitória de Chávez, a denúncia de que ele teria fraudado o resultado. E manifestações de rua. E protestos internacionais.

Qual foi o resultado da contagem de votos? Chávez teve 59% contra 41%! A oposição, obviamente, gritou fraude. E tentou organizar protestos de rua. Mas os observadores internacionais atestaram a lisura do referendo. E Chávez sobreviveu.

Como costuma dizer a Conceição Lemes, a melhor vacina contra a desinformação é a informação. Vacine-se!