Durante os oito anos do reinado de Fernando Henrique Cardoso e da política neo-liberal PSDB a Petrobrás foi alvo e vítima de uma virulenta ação predadora, de uma política de lesa-pátria cuidadosamente colocada em prática, de ações adrede preparadas para desmoralizar e depauperar a maior empresa do Brasil e uma das maiores do mundo.
Prejuízos inconfessáveis, políticas danosas, acordos desfavoráveis e administrações que por muito pouco não acabaram com a mais respeitada, a mais importante e a mais querida empresa do país, símbolo da riqueza do Brasil e da competência técnica e da capacidade de trabalho dos brasileiros.
Do primeiro ao último dia de sua gestão, Fernando Henrique e os tucanos, conspiraram contra a Petrobrás, ao mesmo tempo em que a utilizavam para ganhar imensas fortunas em negociatas e descarada corrupção. Não fosse o altíssimo gabarito técnico, o patriotismo e a seriedade dos que fazem a empresa, ela, seguramente, teria afundado como a sua maior e mais importante plataforma, a P-36, afundou.
Foi durante os anos do tucanato que a Petrobrás viveu o pior período de seu mais meio-século de vida. Sequer na ditadura militar implantada pelo golpe de 64 pagamos um preço tão alto, fomos tão desmoralizados e vítimas da corrupção e da deliberada decisão de acabar conosco.
Na administração do francês naturalizado brasileiro Henri Phillipe Reichstul - hoje um milionário usineiro do açúcar e do alcóol, denunciado pelo Ministério Público por manter mão-de-obra escrava em suas várias usinas - perdemos bilhões de dólares, vimos a P-36 fundar de forma criminosa, enfrentamos problemas técnicos, administrativos, políticos e econômicos jamais enfrentados durante décadas de existência da empresa.
Existem fatos que precisam ser aclarados, que dever se tornar conhecidos para a opinião pública nacional, que necessitam vir à luz para que a CPI instaurada no Senado Federal para investigar a Petrobrás possa desvendar e deixar claro o que foram os anos nefastos do tucanato no setor petrolífero.
FHC tentou privatizar a Petrobrás em dez diferentes oportunidades, segundo irrespondível documento da Associação dos Engenheiros da Petrobrás, a AEPET, aquí reproduzido.
FHC tentou subornar o jornalista Palmério Dória, da revista "Caros Amigos", quando soube que aquele respeitado profissional estava prestes a publicar matéria jamais contestada sobre o filho natural do ex-presidente tucano com a jornalista Miriam Dutra, da Rede Globo. Um emprego de altíssimo salário na Petrobrás foi oferecido a Palmério, que publicou a matéria e nela denunciou a tentativa de compra de seu silêncio.
FHC auferiu imensos lucros com a utilização de informações privilegiadas, adiando o anúncio da descoberta de novas jazidas petrolíferas, enquanto seus "operadores" de corretoras nas Bolsas de Valores de Londres e Cingapura compravam ações da empresa. Após o anúncio oficial e a óbvia disparada em suas cotações, as ações compradas eram revendidas lá mesmo, no mercado exterior, realizando lucros que - em apenas uma das vezes - engordou as contas secretas do tucanato nos paraísos fiscais em mais de US$ 60 milhões.
FHC nos últimos dias de seu governo autorizou verbas milionárias da Petrobrás para ONGs ligadas à sua mulher, Ruth Cardoso, sem qualquer parecer técnico, estudo de viabilidade ou mesmo simples merecimento, em um dos capítulos de favorecimento e abuso de poder mais escandalosos da história de nossa maior empresa.
O P-36 nasce com o objetivo claro e preciso de denunciar o farisaísmo, a demagogia, a safadeza explícita dos que hoje conspiram - uma vez mais - contra a Petrobrás, sua história de lutas e de vitórias, contra os brasileiros que a fazem, contra sua integridade, pujança e respeitabilidade internacional.
Não haverá fato existido durante a administração tucana que não seja aquí denunciado, investigado, esmiuçado, esclarecido. Não deixaremos pedra sobre pedra, barril sobre barril, mentira sobre mentira.
É nosso dever como cidadãos e nossa missão como patriotas.