sexta-feira, 31 de julho de 2009

OS ANOS DE CHUMBO DA PETROBRÁS

Durante os oito anos do reinado de Fernando Henrique Cardoso e da política neo-liberal PSDB a Petrobrás foi alvo e vítima de uma virulenta ação predadora, de uma política de lesa-pátria cuidadosamente colocada em prática, de ações adrede preparadas para desmoralizar e depauperar a maior empresa do Brasil e uma das maiores do mundo.

Prejuízos inconfessáveis, políticas danosas, acordos desfavoráveis e administrações que por muito pouco não acabaram com a mais respeitada, a mais importante e a mais querida empresa do país, símbolo da riqueza do Brasil e da competência técnica e da capacidade de trabalho dos brasileiros.

Do primeiro ao último dia de sua gestão, Fernando Henrique e os tucanos, conspiraram contra a Petrobrás, ao mesmo tempo em que a utilizavam para ganhar imensas fortunas em negociatas e descarada corrupção. Não fosse o altíssimo gabarito técnico, o patriotismo e a seriedade dos que fazem a empresa, ela, seguramente, teria afundado como a sua maior e mais importante plataforma, a P-36, afundou.

Foi durante os anos do tucanato que a Petrobrás viveu o pior período de seu mais meio-século de vida. Sequer na ditadura militar implantada pelo golpe de 64 pagamos um preço tão alto, fomos tão desmoralizados e vítimas da corrupção e da deliberada decisão de acabar conosco.

Na administração do francês naturalizado brasileiro Henri Phillipe Reichstul - hoje um milionário usineiro do açúcar e do alcóol, denunciado pelo Ministério Público por manter mão-de-obra escrava em suas várias usinas - perdemos bilhões de dólares, vimos a P-36 fundar de forma criminosa, enfrentamos problemas técnicos, administrativos, políticos e econômicos jamais enfrentados durante décadas de existência da empresa.

Existem fatos que precisam ser aclarados, que dever se tornar conhecidos para a opinião pública nacional, que necessitam vir à luz para que a CPI instaurada no Senado Federal para investigar a Petrobrás possa desvendar e deixar claro o que foram os anos nefastos do tucanato no setor petrolífero.

FHC tentou privatizar a Petrobrás em dez diferentes oportunidades, segundo irrespondível documento da Associação dos Engenheiros da Petrobrás, a AEPET, aquí reproduzido.

FHC tentou subornar o jornalista Palmério Dória, da revista "Caros Amigos", quando soube que aquele respeitado profissional estava prestes a publicar matéria jamais contestada sobre o filho natural do ex-presidente tucano com a jornalista Miriam Dutra, da Rede Globo. Um emprego de altíssimo salário na Petrobrás foi oferecido a Palmério, que publicou a matéria e nela denunciou a tentativa de compra de seu silêncio.

FHC auferiu imensos lucros com a utilização de informações privilegiadas, adiando o anúncio da descoberta de novas jazidas petrolíferas, enquanto seus "operadores" de corretoras nas Bolsas de Valores de Londres e Cingapura compravam ações da empresa. Após o anúncio oficial e a óbvia disparada em suas cotações, as ações compradas eram revendidas lá mesmo, no mercado exterior, realizando lucros que - em apenas uma das vezes - engordou as contas secretas do tucanato nos paraísos fiscais em mais de US$ 60 milhões.

FHC nos últimos dias de seu governo autorizou verbas milionárias da Petrobrás para ONGs ligadas à sua mulher, Ruth Cardoso, sem qualquer parecer técnico, estudo de viabilidade ou mesmo simples merecimento, em um dos capítulos de favorecimento e abuso de poder mais escandalosos da história de nossa maior empresa.

O P-36 nasce com o objetivo claro e preciso de denunciar o farisaísmo, a demagogia, a safadeza explícita dos que hoje conspiram - uma vez mais - contra a Petrobrás, sua história de lutas e de vitórias, contra os brasileiros que a fazem, contra sua integridade, pujança e respeitabilidade internacional.

Não haverá fato existido durante a administração tucana que não seja aquí denunciado, investigado, esmiuçado, esclarecido. Não deixaremos pedra sobre pedra, barril sobre barril, mentira sobre mentira.

É nosso dever como cidadãos e nossa missão como patriotas.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

P-36: a maior plataforma de petróleo do mundo afunda

Afunda a maior plataforma de produção semi-submersível do mundo, a Petrobras 36, que foi construída em 1994 na Itália como uma unidade de perfuração e de produção, com o nome original de "Spirit of Columbus". Arrendada pela empresa em 1997, a plataforma precisou passar por modificações e expansão para atender as condições operacionais no campo de Roncador, no Rio de Janeiro. A conversão da plataforma foi realizada num estaleiro no Canadá.

Projetada originalmente para perfurar e produzir petróleo a uma profundidade de 100 a 500 metros de profundidade, a unidade foi transformada numa plataforma de produção capaz de operar em lâmina d'água de até 1.360 metros. Para isto, todo o equipamento de perfuração e a maior parte do equipamento de produção foram retirados.

Atualmente, a P-36 é capaz de processar 180 mil barris de petróleo por dia, o que representa 7,2 milhões de metros cúbicos de gás comprimido, diariamente.

Em outubro de 1999, a P-36 saiu do estaleiro naval de Quebec, no Canadá, e veio para o Brasil numa viagem que bateu recordes mundiais. A viagem foi feita a bordo do Might Servant I, que foi ampliado, aumentando sua estrutura em cerca de 30 metros, somente para transportar a plataforma. A viagem foi feita utilizando um sistema de reboque. A plataforma foi instalada no campo de Roncador em fevereiro de 2000.

Explosão na P-36 foi causada por erros de manutenção e projeto, diz ANP

O acidente com a plataforma P-36 da Petrobras foi causado por erros de projetos, manutenção e operação, segundo relatório da ANP (Agência Nacional do Petróleo) e da Marinha. O relatório é bem diferente do que foi apresentado pela Petrobras no mês passado.
Segundo a ANP, a principal causa da explosão foi um problema no fechamento de uma válvula.
Entre as deficiências do projeto, estão até a classificação da área onde se localizava o tanque que explodiu, que não era considerada como área de risco.
De acordo com o relatório, deveriam ser utilizados dispositivos de detecção e contenção de gás e ainda equipamentos resistentes a explosões.
Outra deficiência no projeto é a ligação do tanque de emergência a um equipamento chamado "manifolde de produção", onde ficam armazenados óleo e gás. Segundo o superintendente de Desenvolvimento e Produção da ANP, Oswaldo Pedrosa, só havia uma válvula isolando o tanque desse equipamento. O correto seria a existência de mais válvulas, para garantir o isolamento entre o tanque e os combustíveis.